A ROTINA
Não há nada pior do que a rotina. Mais do que os finais ou os inícios. Das decisões definitivas ou a novidade desconhecida. A corda-bamba. De uma vida que se leva dia após dia, sem a emoção do dia seguinte ou a surpresa inesperada. A rotina. De quem dá por si, a duvidar. A desejar. Tudo o que poderia ser diferente. Pelo aborrecimento da monotonia. Fujo dela a sete pés. Um jantar ao fim de semana. A sexta para as amigas. Um almoço a meio da semana. Um beijo ao fim do dia. Não se permitam acomodar na vossa vida. Quebrem o previsto e surpreendam. Lembrem-se: a rotina não se muda sozinha! E não há nada pior do que a rotina, que nos envolve, acomoda, aborrece e nos cria barreiras. Não culpem as pessoas, o amor, o trabalho ou a vida. Nem permitam que a rotina vos faça desejar mais do que de aquilo que sempre quiseram. Uma saída, um beijo, uma mensagem, uma palavra. Não é preciso malabarismos, montanhas-russas, nem nenhum salto em altura. A rotina só existe na vida de quem não se permite surpreender. Nunca é tarde para um final feliz.