Tinha uma prendinha que queria oferecer a um menino de três anos e não fazia a mínima ideia do que comprar. A verdade é que só desde que comecei a procurar esta semana - benditas horas de almoço - é que percebi o quão difícil é comprar algo acessível, interessante e útil para uma criança dessa idade. Pensei em brinquedos. Mas o seu interesse caía por terra, após o fascínio inicial. E se há altura complicada para oferecer roupa é esta, em que nas lojas já só encontrámos o que resta dos saldos e o pouco que já chegou da nova colecção. Restando pouquíssimas opções. Para melhorar tinha estipulado um orçamento reduzido. O que fez da minha procura, a verdadeira busca pela agulha no palheiro. Não pensei que seria tão difícil, pensava eu, enquanto corria a brinka e a imaginarium, depois das lojas de roupa já terem sido visitadas. Até que o Panda salvou o dia. Encontrei, esta mini biblioteca na bertrand, a um preço bem simpático e nem pensei duas vezes. O melhor veio depois.
Se há dia que custa, é a segunda. Depois do fim de semana, sempre sem parar. A segunda é o dia que custa. A levantar, a decidir o que vestir, a pôr um sorriso e a chegar a boa-disposição. É o dia que invariavelmente, vejo os autocarros pelo caminho, da câmara lenta da rotina. E só entro na semana mais tarde. Como se o meu processador fosse de um computador bloqueado. Mas hoje foi diferente. A um despertar com sol de uma cidade colorida e calorosa, juntou-se a novidade de ver o blogue em destaque na plataforma do sapo. E que bom que foi receber assim este destaque, e esta segunda com um sorriso rasgado e uma boa disposição intensa. Ver o blogue a crescer é sentir-me de coração cheio. Pelo reconhecimento dado ao meu trabalho. Por cada novo seguidor que se junta. Pelo projecto que ganha vida e surpreende-me a mim, que não esperava. E só dá mais alento. Para querer fazer mais e melhor.
Se andam esquecidas do S. Valentim, a Victoria Secret fez questão de nos lembrar. O lançamento do seu mais recente vídeo tem gerado o maior espanto, pela originalidade e dualidade de temas. Longe dos temas românticos e demasiado lamechas, as modelos da marca aparecem num campo de futebol americano só sendo reconhecidas quando é feito um touchdown. E assim com um vídeo se marcam não um, mas dois pontos. Sempre na linha da frente e com a estratégia bem planeada, as modelos na pele de jogadores, anunciam a Super Bowl, e marcam pontos com um final à medida. Do S. Valentim!
Rendo-me aos detalhes. O cuidado da importância da sua escolha, na hora de nos vestirmos. Fazem deles as estrelas principais. E, não é por acaso, que são os mais elogiados. Estes, são os meus. De hoje e do costume. Numa exposição pessoal, apresento-me em detalhes do meu look. Os óculos, que deviam de ser a minha mais fiel companhia, acabam sempre por ficar em segundo plano. Já o relógio, seja ele qual for, faz parte de mim. Andar sem relógio, é como estar despida. Falta-me algo, na correria contra o tempo que por norma os dias revelam. O tempo, andava perdido e eu andei perdida nele. Numa batalha constante, assim foi esta semana. Sem saber o que dizer. Não quero escrever sem a paixão de quem escreve. Nem dar a este blogue e a quem o segue, menos do que aquilo que merecem. É preciso organizar. Pôr o tempo no seu lugar. Arrumar ideias e aglomerar pensamentos. E voltar em força. Com alma e paixão. Aqui estou! Obrigada a vocês desse lado.
E quando paro, para olhar no tempo, vejo quão forte é a mulher. Feita de uma fibra ainda hoje imperceptível. O coração sempre na boca, de uma sentimentalista, impede-a que seja de aço. E, os dramas que abraça, sempre de pé, retribuídos por um sorriso, não fazem dela maleável. É certo que não. Até os saltos altos, são prova da força, de quem tanto faz, como se de provas de malabarismo se tratasse. A ambição escondida no olhar, fazem-na querer sempre mais. Onde não há tempo para um cansaço. E nas pausas, que nunca tira, acaba sempre por querer mais. O pequeno elogio é uma vitória, de quem faz de um corpo minúsculo uma armadura. Ele, que aguenta hormonas, lágrimas e sorrisos. Esforço, de quem o mundo quer conquistar. Guerreiras. Por um trabalho incessante, da profissional à mulher, o seu relógio não dá descanso. Carrega o mundo às costas e o peso do mundo nos ombros. Só assim ela sabe amar. E, no fim do dia, mesmo quando a tristeza bate à porta, ela sorri. Num sorriso sereno, de quem já tanto fez mas com a certeza que no caminho que segue, ainda há muito por percorrer
Dei por mim ao final do dia pela internet a tentar perceber o que aconteceu. O porquê do hastag "je suis Charlie". E cheguei ao fim sem perceber. Como é possível que isto aconteça, nos dias de hoje. Aqui, mesmo ao lado. Vivemos 2014 a ver as notícias com um nó no coração pelos que sofrem diariamente com ataques constantes como na Síria. E do nada, somos confrontados por um, tão perto. Movido por uma religião que instiga ataques bárbaros que jamais compreenderei. Só sei o quanto é triste que uma crença instiga a actos tão cruéis e cause tantas inocentes mortes. E a liberdade de imprensa que atacaram entristece pela liberdade de expressão que cada um luta diariamente por ser ouvida!
Já lá vão os tempos em que olhar para as criações de Jeremy Scott deixavam-nos com água na boca, pelas bolsas de happy meal ou os telemóveis com batatas fritas que apeteciam comer. E as memórias de infância do Sponge Bob à Barbie, já são como o Macdonald's, águas passadas. Se em tempos a Moschino sorriu literalmente, numa colecção cápsula cujo ícone presente nas suas roupas foi o smile, engane-se quem pense que Jeremy Scott já não tinha mais pano para mangas. A poucos dias da apresentação das suas propostas de 2015 para a Moschino, Jeremy voltou a surpreender tudo e todos, ao fazer as suas estrelas de peças da sua colecção, nada mais nada menos do que, a fita de medição, a tesoura e até o ferro. O atelier de costura foi a inspiração, para mais uma apresentação brilhante do designer, que entre medições engomadelas, cortes e esboços, deu vida a uma colecção presente como inacabada, propositadamente pensada ao pormenor.
Numa exposição onde nem a etiqueta foi esquecida, aí daquele que diga, feito na china.
E já lá vão 4 páginas de um livro que conta com 365. Faltam 361, é verdade. E um já vai a meio. As resoluções que em tom de cliché nem nelas ia pensar, dei por mim ontem com tantos propósitos a invadir-me o pensamento. Das coisas pessoais às casuais, a verdade é que não as espero do ano, mas de mim. A casa dos 20, já por quase três ultrapassada, e o ano intenso que já lá foi, com tantas lições e experiências, dão-me hoje outros olhos para olhar para 2015. Divido o calendário, por fases e épocas e os objectivos por etapas. Há os que já cá andam há anos, o malvado do exercício que a preguiça teima em não concretizar e a alimentação saudável que os doces vão logo desgraçar. Mas cada vez mais presentes, a vontade de cuidar de mim tem falado cada vez mais ALTO. Até porque lembrar-me só quando chega o verão, já deu o que tinha a dar. Quero viajar. E por em prática, as aventuras que percorro em pensamentos. Há tanto para descobrir e eu aqui desejosa que conhecer, que este tem de ser o ano. Perder os medos. O medo de conduzir, é dos principais. Que o ganhei pelo desleixo de não precisar e hoje vejo a minha independência limitada. Eu, que não gosto de pedir favores nem tão pouco habituar-me a rotinas. Será para muitos um pequeno passo, mas para mim uma grande conquista. Looks. Está na hora de continuar o caminho deste blog. Que as conquistas que tiveste em 2014, foram para mim enormes surpresas. Quero elevá-lo e olha-lo com outro visual. Pelos visuais que eu adoro construir e dos looks que adoro brincar, onde tudo é possível de fazer acontecer. Objectivos. Quero manter viva esta ambição fugaz e determinada que me consome e não me deixa parar. Estudar, é opção. E está na hora de abraçar com todo o esforço esta nova e tão boa fase profissional. Investir. Em mim, nos outros, na vida, em experiências. Quero um dia olhar para este ano, e não vê-lo como mais um, mas como um. Que teve marcos e conquistas e que as derrotas que traga sirvam de lições para o que virá.