Não arrumem os sonhos na gaveta. Nem deixem a vida passar ao lado. Não programem a felicidade. Ela não merece agenda nem relógio. Esqueçam o amanhã. É tudo para amanhã. Os clichés, as frases feitas, os planos. Quando deram por ele, evaporaram-se. Como os sonhos pelos quais não lutara. E a vida que viram passar, ao lado. Lembrem-se de hoje. Hoje é um bom dia. Ainda há tempo. De mudar o que tem de ser mudado. Orientar a bússola e seguir caminho. O sempre em frente tem desvios. Curvas, descidas, inclinações, percalços. A vida não é de linha recta. Não vivam pelas palavras. Amem pelos gestos e atitudes. Sorriam pelos feitos e alegrias. E, sejam felizes, não pelas grandiosas conquistas, mas pela vida que passe de frente. Saboreiem os pequenos momentos com o sabor da eternidade. Não há tempo, para um dia sem ser feliz. Devia-nos ser permitido esse egoísmo. Devia não, deve! A vida não é vida sem um sorriso sentido.
O convite estava feito e nem os nervos impediram que fosse aceite. " Queres entrevistar a autora do livro " Diário de uma Gorda?"" - não escondo o pânico trémulo do meu sim! Numa boutique da tereza orgulhosa e feliz, por esta presença, encontrei mal a vi, confiante, segura, lindíssima e maravilhosa, a Kaluxa. A entrevista apelidada pelo formato, deu lugar à conversa. Sem clichés, sem tabus, sem sensibilidade ao tema. O meu receio que se evaporou em instantes, pelas gargalhas e um ambiente agradável, onde até a nossa diferença de tamanhos, deu assunto. Kaluxa, desde a adolescência, onde assumiu um corpo que sempre foi o seu, num tamanho que grande que sempre conheceu. Aprendeu, a aceitar-se e adiantar-se aos outros, à sociedade, Kaluxa. Não fez do peso, um esconderijo, nem do espelho um pesadelo. Contou-me que detesta o preto e não é fã de balanças. Usa biquinis na praia e se pudesse vestia-se sempre de branco. Mas, a sua paixão por moda não a deixa fazer, seria demasiado repetitivo. Namorou com o rapaz mais giro da escola e sempre deixou as mulheres magras à sua volta roídas de inveja, que não faziam dela concorrência. E, quando lhe perguntei se estava à espera do sucesso do seu livro, disse-me que jamais esperaria, ganhar uma segunda família em cada mulher que hoje a segue e acompanha. Ontem, foi surpreendida pela notícia que os seus livros já estão disponíveis no Japão.
O Maio veio em força e atribulado. Da chuva que de mansinho trouxe o inverno, e o humor nada favorável à mistura. Não sou pessoa de chuva, é um facto comprovado. Nem de roupa quente ou sequer muitas peças. Clássica, não de hoje, mas desde sempre, o casual conhece-o recentemente, e é o meu mix and match de estilos, diariamente. Estaria a mentir, se não o assumisse, o amor aos blazers, a paixão às blusas. Se perguntarem qual é a peça que mais tenho no meu roupeiro, respondo de imediato, sem hesitar: blusas brancas. Uso-as sempre, com tudo, em qualquer ocasião. Num mês que se prevê inesperado. E o casual de repente invoca o formal, de uma agenda surpreendida, recorro à sua versatilidade. E jogo pelo seguro. Não pelo medo de arriscar, mas pela confiança dos imprevistos. E, o que seria de mim se já não me considerasse uma shirt addicted?!
Como um estilo, com estilo. A vida dá voltas, a moda é um ciclo. Que vai e vem. Os anos 70 voltaram, como eu, ao Portal de Moda, com uma rúbrica semanal, que irá propor-vos looks e sugerir tendências, num recomeço onde a moda falará sempre mais alto, pela minha escrita.
Podem ver a rúbrica desta semana aqui, espero que gostem!
Skinny, plus, straitght ... Já chega! Está na hora de deixar de rotular as mulheres em tamanhos. De deixar de os ver como julgamentos. Apelamos à igualdade. Em cada dia, em cada hora. E a igualdade de tamanhos, onde fica?! Esquecida?! Não o escondo que já tive do outro lado, de quem se via gordinha. E, não era o meu espelho que julgava, mas uma sociedade de ideias feitas. E a roupa, naqueles seus tamanhos inquisitórios acrescentavam a culpa que não sentia. Custava, não a ver servir. Hoje, com formas diferentes, sei que o tamanho grande ou pequeno não é sinónimo de nos sentirmos bem. Não interessa, não passa de um número. Se não revelar nada mais do que isso, é só mesmo isso. Um número, um tamanho. Mas, custa ver as consequências desse número. A falta de aceitação de uma sociedade. Uma indústria têxtil pré-concebida, com tamanhos que são contrários à igualdade. E o mundo da moda, que diferencia. Num plus e num skinny. Mulheres iguais. Igualmente bonitas, igualmente mulheres, igualmente saudáveis. Ou melhor, diferenciava! A par com a Dove, que já há uns anos que luta pela igualdade de oportunidades, a moda teve uma lufada de ar fresco e uma imposição de atitudes, com as primeiras modelos plus size a estarem presentes em marcas como o calendário Pirelli, a Sports Illustrated, a Calvin Klein e a Lane Bryant.
Não sou apologista, das defensoras que são contra campanhas como a da Victoria Secret, mas sou apologista que se risque o plus e se desvalorize o skinny e se apluade cada corpo em cada sua forma. Somos todas mulheres e se muitas marcas não o aceitam a Boutique da Tereza afirma-o com carinho. Nesta marca, não há lugar as restrições nem imposições. E o Plus Size, é encarado com orgulho. De mulheres que aceitam as suas formas e exclamam em cada afirmação que são mulheres reais. Sem dietas, com curvas, e um sorriso lindo. Num atendimento que se destaca pela felicidade de cada mulher, de a vestir bem, bonita e elegante. Seja um 36 ou um 64. A boutique da tereza é a moda para todos os tamanhos, e leva a moda a todas as mulheres. E, não escondo o orgulho ao ver estas lindíssimas mulheres a desfilar, por uma marca de Braga empreendedora, que tanto merece este reconhecimento. Era tão mais fácil, limitarem-se a fazer o que por aí se faz. S - XL, e modelos tendências. Mas o fácil não lhes chegou, queriam ser a resposta de tantas mulheres que viam nas outras mulheres a roupa e em si, o que servia. Porque somos todas mulheres, e não há números que distingam a beleza.
Conheci-lhes a garra e a determinação, não de hoje, nem de agora. E, nem imagino a ambição requerida e pretendida que esta homenagem de cada dia precisou. Pegar num projecto da mãe e fazê-lo crescer, em família, não é uma ideia nem uma ambição empreendedora, mas um projecto de coração. É uma homenagem que é feita, em cada dia.
É hora de riscar o plus e de desvalorizar o skinny. Aplaudir cada forma, amar cada corpo. E aceitar as suas perfeitas imperfeições.
Desde que me conheço que sempre adorei fotografia. Muito mais do que estar à frente da câmara, gosto de contar a vida pela sua lente. As memórias que se desnavecem, asseguram-se pelas imagens que nunca se esquecem. E, o instagram é o diário dos meus momentos. Preenchido, descritivo, com imagens. Se ainda não seguem a @princesasemtiara pelo instagram, deixo-vos com o resumo desta semana.