A Máscara!
Poderia falar-vos do Carnaval, que dele é o dia. Já fui chinesa, já fui princesa, dama e até fada e um morango. E se há Carnaval que não deixa esquecer, são as memórias dos desfiles da freguesia. Todos diferentes, com a mesma alegria. Chuva ou sol, nada estragava a festa dos foliões. Nem a parada dos que se esmeravam para ganhar os prémios da maior fatiota. E chegava ao fim da tarde ao jogar ao quem é quem com muitos. Ficavam por revelar. Vestiam a personagem, a rigor. Era uma risota vê-los a interpretar. O bêbedo, o ladrão, o astronauta, a mulher que não o era. Não sou pessoa de Carnaval, nem da folia que se pede. Mas sabe bem vestir a máscara, nem que seja um dia. E ser a fantasia que nos diferencia. Uma polícia, a enfermeira, a indiana, a minnie, porque não?! Lembro-me de encher os sacos no dia anterior. Reuniam-se os primos com rolos e rolos de serpentinas e se já não haviam confetis, cortavamos as serpetinas. Nada dava mais alegria do que soprar aqueles rolos de serpentinas ou atirar uma mão cheia de confetis. Afinal, é Carnaval e ninguém o leva a mal. Joguem os confetis para o ar. Soprem as serprentinas. E no meio, deixem ir junto os problemas, as tristezas e o lado sério da vida. Que o dia é de folia e o Carnaval é alegria.