A retórica ...
Em que bela odisseia vim eu meter-me. Fosse eu, uma expert no assunto, e era conselheira sentimental ou daquelas gurus do amor. Mas da fama de casamenteira, não me livro. Sabe quem me conhece. Sempre fui das que dizia, nos tempos do ensino básico, - "... aquele gosta de ti, aserio que gosta...!" - e claro que estava certa. Não me arrisco a falar do amor, nem de amor. É demasiado perigoso e aranhoso como se de um assunto com areias movediças se tratasse. Floreados à parte, tenho uma veia sarcástica escondida. Vem com o lado bipolar que faz questão de estar presente todos os meses. Oh, as maravilhas de ser mulher. Lutámos contra a balança, dias e dias, com suor, esforço, dedicação e muitas rezas, e todos os meses há aquela altura, que os bollycaos, os chocolates e os gelados, são a solução de todos os problemas. E aí minhas amigas não há milagres que nos acudam. Eu queria ser das que corre. Das que levanta o rabo do sofá, e não se interessa depois de um dia de trabalho, em que os saltos levaram a melhor sobre os meus pés, do conforto do sofá e da companhia das séries. E, voluntariamente e com boa disposição resolver fazer exercício. Eu bem que queria, mas o amanhã é logo no dia seguinte e, bem fica para amanhã. Queria ser só paz e amor. Sem preocupações, dramas, exageros, pensamentos do futuro e objectivos. O que eu dava para conseguir converter-me ao meu lado hippie inexistente. Deixava de dizer que os homens deviam de dar para devolver. Nós temos lá culpa que eles não venham com um aviso em alerta máximo a avisar tudo o que nos espera?! Ou que o livro de instruções ainda não estava em vigor. Pois é senhores do governo, preocupem-se com essa lei. Entrada em vigor, do livro de instrução de todo e qualquer homem para dar à mulher com a qual mantenha uma relação, ao fim de 1 ano. E aos homens que se indignarem a lerem isto, não se preocupem, nós já temos todas o rótulo de complicadas!