AMAR DEPOIS DE AMAR #2

A Sé iluminava-se na noite de verão, que se acompanhava com um copo de sangria. Em três histórias de amores e desamores de três raparigas que o amor juntou e a amizade conheceu. De lágrima fácil e sorriso presente. Como assunto: amor.
O que se teve, o que se tem, o que se espera. No meio, os medos. Não há nada mais assustador do que amar. Do que amar depois de já se ter amado. E, ali naquela mesa estavam sem filtros, nem rodeios, todos os medos e anseios. De quem já amou. De quem ama. De quem deseja amar. As histórias eram agora partilhadas com os pormenores que a distância impede de contar. Os encontros, as novidade, as surpresas.
E entrelinhas, de um olhar sincero, revelavam-se o que em mensagens ficava por contar. O medo, a insegurança, a incerteza. Não há nada mais difícil do que amar. Amar depois de Amar. Pelo amor que se teve. No amor que se tem. A pessoa que hoje somos. Na pessoa que ontem éramos. Um início, um recomeço, um amar em cada dia. Confiar. Não em nós, mas de nós em outra pessoa. Deixarmos de ser nós. Só nós. Para ser novamente dois. Depois de tantos dias, depois de cada dia.
Como é que se ama depois de amar? Como quem espera amar, quem já amou. Como quem deseja amar, como já se amou, quem se gostaria de amar.