TPM, Gripe e a Montanha-Russa de Ser Mulher
Estava no sofá, num estado gripal daqueles infernal, até que deu-me o clique. "Ok Ângela, já paras-te, já descansas-te, está na hora de te levantares e deixares a gripe de lado!" E lá fui eu. Carreguei no play. Literalmente. Bad bunny a tocar no telemóvel, em alto e bom som. Aproveitar que o paracetamol está a fazer efeito e...dançar. Sim, dançar. Dizem que quando estamos vulneráveis devemos procurar fazer coisas que nos estimulem, que nos entusiasmem, por mais estranho que pareça e que nos faça sair daquela espiral deprimente e lamentavel que não acrescenta nada a ninguém. E se a isso juntarmos aqueles belos dois dias antes de nos vir a menstruação, escusado será dizer que o estado de espírito tem tudo para ser do contra e para baixo. Mas não tem porque o ser. Não temos que nos vitimizar nem arranjar desculpas. Mas sim agir. Dançar, se for preciso. Pensar, o que faria aquela mulher que a tenho como inspiração? E claro que até ela tem os seus momentos. Mas os momentos são isso, momentos. E não dias. E sabes uma coisa? O que diferencia uma pessoa, é a sua forma de agir e encarar as coisas. Então imagina uma mulher com gripe prolongada e de TPM! Sabes uma coisa? É igual. Ser mulher já é uma montanha-russa de emoções, de hormonas, do fazer acontecer. Mas bora lá. Isso é a beleza de tudo. E este ano, mais do que antes, tem me vindo à cabeça uma coisa que ouvi num evento que me impactou. Nós mulheres somos muito do fazer acontecer. E no fazer acontecer temos quem se limita ao que lhe é atribuído e está tudo bem e temos quem não se contenta e quer ir sempre mais além. Como se não conseguisse estar parada, para não dizer, satisfeita. Acho que é por isso que fui tão feliz e realizada em todos os eventos que organizei. Por ir sempre mais além. E puder surpreender. E isto faz tão parte da montanha-russa de ser mulher. O estar em constante evolução diariamente. Como se fosse um estado de bipolaridade que atribuimos a razão ao TPM.