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Princesa Sem Tiara

Blog pessoal, de alguém que pela escrita é apaixonada e à moda já há muito se rendeu!

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Seg | 30.11.15

Viveremos nós num mundo formatado??

Princesa Sem Tiara

 

 

Há pouco tempo estava à espera do autocarro e ouvi uma rapariga a falar. Dizia que as raparigas, hoje em dia, andam todas iguais. "Calças de cintura subida, top, casaco de cabedal, como se fossem formatadas". E isto não me saiu da cabeça. Na viagem para casa, liguei os dados móveis para passar o tempo, e num zapping pelo facebook, fiquei incrédula. Ela tinha razão. Entre diversos perfis, as fotos variavam. Quase como se mudássemos de grupos de estilo, que detinham um aglomerado de pessoas. Os rapazes com os idênticos cortes de cabelo. As raparigas, com os longos cabelos e o risco ao meio, as mulheres com os bob's e os lob's. Será que se perdeu a identidade individual da nossa imagem?!

 

Eu perdi a minha por momentos e, hoje fico admirada em cada look de imposição de estilo e personalidade que encontro. Afinal, já fui do tempo das voltas à escola, em fila com o grupo de amigas, na escola básica. O estilo distinguia-se por filas. Quase como se distingue-se os grupos, das amizades e das raparigas. E o pior?! É que essa formatação era o sinal de pertença. Não há moda, mas ao grupo. Sentiamos que ao comprar aquela camisola que a x tinha que íamos ficar mais parecidas. E que todos os defeitos que a adolescência nos punha iam ser ultrapassados. Se antes o era assim com as camisolas da throttleman e as sweats da pull&bearm, hoje é com as calças de cintura subida, os topos a mostrar o umbigo e os casacos de cabedal preto. O estilo muda, a formatação permanece. A máquina da formatação reduz com o passar dos anos. Hoje gosto na mesma de coisas que outras raparigas usam, mas não dispenso adaptá-lo ao meu estilo, ou melhor ao meu gosto. Se antes culpava a adolescência, hoje culpo as tendências. E sei que não é tempos de indignações. A formatação, os padrões e os estereótipos, fazem parte da vida. Fazem parte dos anos, das fases da vida. Eu já fui formatada. Hoje uso roupa formatada. Porque ter-se e ser-se, é a maior salvaguarda da segurança de uma identidade. E não vamos andar cá com falinhas mansas, porque formatações à parte, quem não comprou já aquela peça porque viu na pessoa x, e adorou?! Formatações, estilos, padrões, individualidades ou estereótipos. Afinal, o que seria do mundo se fosse a preto e branco?!

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